Língua Manhã - Poema de Sinhá
- Poesia Escrita
- 596
Língua Manhã
o tempo novela
enovela
goles de água
antecedem o golpe
nocauteados no vasto branco
cospem a calma
de ver um outro
em turva paisagem.
o veneno da pele corta
e invade o território carne
alheio,
tudo vira suco
sumo, rumo
em capa de terra seca.
na súbita verdade
devoram as madeiras
estacadas
nas rubras fendas.
(Sinhá)